Estamos vivendo cada dia os tempos de trevas, onde a impunidade da justiça começou a ser feita com as próprias mãos.Quando a gente amadurece passamos a entender e enxergar melhor como nossos sentimentos se multiplicam dentro de nós, nos tornando capazes de identificá-los e fazer escolhas. Desse modo é inevitável que para toda ação exista uma reação. O que nos torna diferente daqueles que simplesmente seguem seus impulsos mais primitivos a atos e posicionamentos que se justificam apenas pela passionalidade é o entendimento de que já vivemos na barbárie, mas que o terror estaria apenas generalizando a tolerância do povo brasileiro com a bandidagem, de forma que a civilização continua um processo lento, mas que não pode ser deixada de lado.Essas falhas sociais abrem caminho para a multiplicação da violência cotidiana de modo a surgir grupos que pretendem fazer “justiças com as próprias mãos” tornando-se representantes de setores da sociedade que sofrem com o caos urbano e social.Entendo que a pessoa que resolve cometer um crime tem consciência ou deveria ter de que poderá sofrer as devidas conseqüências do mesmo, seja apanhar, ser esfaqueado, ser linchado, tomar um tiro e até morrer. O único perigo que faz é dos “justiceiros” acreditarem que como não há justiça nesse país que eles possam vir a decidir qual é o tipo de atuação que vão aderir e começar a prender ladrões em postes, enfim, resolver o padrão de certo e errado do modo deles.Essa atitude arbitraria conduz ao meu entendimento de que a escravatura ainda não acabou, que estamos vivendo e presenciando brancos colocando os negros em troncos, ou seja, hoje em postes presos com uma trava de bicicletas e o deixando nu. Realmente cabe muito a nossa sociedade parar e refletir não apenas sobre a violência, mas sobre a aceitação, a propagação e incitação aos linchamentos que começam nas ruas e depois se reproduzem em casos como esse do jovem negro preso ao poste.Essa declaração da jornalista Rachel em chamar o jovem