Penal a Marteladas
Livro: Direito Penal a Marteladas;
Editora: Lumen Juris; Ano: 2013;
Autor: Amilton Bueno de Carvalho.
“A palavra “martelo” deve ser entendida duplamente, segundo o prólogo: como marreta, para destroçar os ídolos, e como diapasão, para diagnosticar o seu vazio (ou seja, o estetoscópio de um médico da cultura)”.
“Deixo claro: estou colocando em debate o para além do narcisismo do escritor-falador: no fundo escreve-se para si e para si mesmo- talvez por isso, Nietzsche diz que todo pensador profundo tem mais receio de ser compreendido do que ser mal compreendido...” (pág. 11). “Por isso, talvez, Nietzsche sentencie: “Educação superior e grande número- duas coisas que se contradizem de antemão”. Qualquer educação superior pertence apenas à exceção: é preciso ser privilegiado para ter direito e tão elevado privilégio” (Crepúsculo dos Ídolos,pg 59)
“Aquele livro que procura simplesmente o aplauso fácil: o dizer aquilo que a maioria quer ouvir, que a maioria necessita ouvir, expelindo “verdades” emergentes do senso comum (aquele que atua no Direito sabe bem o que estou a falar) – “O livro medíocre e ruim é justamente porque busca agradar e agrada a muitos” (Humano Demasiado Humano II,pg 73 aforisma 158).
“Num especial momento, Nietzsche deixa tudo claro: “Devemos falar apenas do que não podemos calar; e falar somente daquilo que superamos- todo o resto é tagarelice, “literatura”, falta de disciplina. Meus escritos falam apenas de minhas superações: “eu” estou ali, com tudo que me era hostil, ego ipsissimus [meu próprio eu],até mesmo, se me permitem uma expressão mais orgulhosa,ego epsissmum [meu mais intimo eu].”
“Ajudaram-me, e muito, na realização deste trabalho alguns amigos, poucos amigos, mas preciosos amigos- não necessariamente de proximidade física, mas, sobretudo intelectual: o pouco que sei, deles veio.”
“Carrego o espírito deles naquilo que entendo por direito: eles me forjaram, logo estão aqui presentes: