Penal penas de morte
Os principais instrumentos de execução
1 – Execuções através de machado, espada ou cepo
A decapitação com a espada é entretenimento público desde o início da Idade Média, ainda hoje, utilizada em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária uma grande perícia a manejar a espada com precisão, de modo a decepar a cabeça com um golpe apenas, coisa que a multidão apreciava muito, como um sinal da habilidade do carrasco.
A decapitação era pena suave quando executada com habilidade, e era aplicada a condenados nobres e importantes.
Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações com a espada, o condenado deveria manter-se ereto, enquanto o executor efetuava um movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço.
2 – Garrote
O garrote era um poste de madeira com um colar de ferro ou de couro duro, e que se apertava progressivamente por meio de um parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:
a) A versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a vítima por asfixia.
b) A versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado, um bico de ferro, que, ao apertar-se o colar, penetrava e quebrava as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para a frente, provocando o esmagamento da traqueia contra a argola, matando tanto por asfixia como pela destruição da medula espinhal. A presença deste aguilhão não garante uma morte rápida; antes, pelo contrário.
3 – A roda para despedaçar A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar da roda.
A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda, com os membros estendidos ao máximo e atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos,