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Questionamento: Relacionar o Filme Tropa de Elite II com a busca de uma Policia cidadã.
O filme Tropa de Elite II foi um dos filmes mais premiados no Brasil e recebeu prêmios internacionais por realismo, por produção, por levar a sociedade o quadro do submundo obscuro da segurança pública que paira o Estado Democrático de Direito (Brasil). Quem assistiu atentamente ao filme Tropa de Elite II percebeu claramente uma policia engessada pelo corporativismo, pela falsidade, pelo jogo de poder, pelos interesses escusos, muita “politicagem”, interesses pessoais acima dos interesses coletivos, corrupção e “vista grossa” para os reais problemas sociais que afligem a sociedade.
O filme em si toca em pontos cruciais e problemas reais da segurança pública. Os policiais que honram a farda que vestem e têm vontade de fazer uma policia cidadã são perseguidos internamente na obscuridade e na politicagem. São calados ou engolidos por “transferências misteriosas e sem explicações lógicas” que engessam a prática de uma policia combatente e atuante de uma policia na luta contra a bandidagem.
Vemos claramente no filme uma polícia gerenciada por governantes preocupados com interesses próprios alheios a proposta de policia cidadã: angariar votos, esquema de propinas nos morros, vantagens obscuras e politicagem dentro dos corredores dos quartéis e batalhões.
Como falar em uma polícia cidadã, se a corporação (policia militar) não valoriza e persegue o bom policial e nem apura transgressões igualitariamente de seus militares de forma exemplar? No filme em questão, vemos um retrato bem parecido de policia do “faz de conta” que serve de trampolim político, que é indiferente a criminalidade e ao crescimento exorbitante das ações das milícias nas comunidades pobres. Como falar em policia cidadã se a mesma anda de mãos dadas com a ”bandidagem” ou recebe ajudas de milicianos para custear campanhas eleitorais?
A burocracia transvestida nos corredores