PEDRO AMÉRICO - ESTUDO PARA LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS (1889)
Pinacoteca do Estado de São Paulo
A identidade cultural do Brasil é composta por uma mistura de raças, crenças e costumes já iniciadas pelo povo nativo indígena, somada á sua descoberta pelos Portugueses e a chegada dos escravos africanos.
A cultura indígena se diferenciava em alto grau da cultura dos europeus, eles compreendiam diferentes grupos étnicos e viviam da caça, da pesca e do cultivo de alimentos, sendo as mulheres responsáveis pela agricultura e os homens pelas demais tarefas incluindo a guerra. Era um povo que se sentia livre de pudores e que contribuiu culturalmente com o folclore, com algumas palavras (nome de animais, frutos e outras coisas que os portugueses desconheciam e incorporaram a língua portuguesa) e na alimentação (amendoim, mandioca, milho, mingau, batata-doce). Os portugueses eram comerciantes e navegadores acostumados à mistura com outros povos, por estarem sempre explorando terras em busca de riquezas, especiarias e escravos.
O primeiro choque cultural ocorreu quando chegaram às terras brasileiras e avistaram o povo indígena, a diferença racial entre eles, o uso de roupagem e falta da mesma, a natureza, os costumes e hábitos fez com que surgisse a primeira miscigenação de raças e de cultura. A implantação do cristianismo e da língua portuguesa também fez parte de uma grande mudança cultural. Eles também influenciaram a arquitetura e a literatura.
Os escravos africanos já exerciam esse papel em seu próprio país. A chegada dos portugueses no mesmo continente só alimentou um sistema pré-existente. Os negros eram trazidos para o Brasil, sendo responsáveis principalmente pela mineração e a agricultura, destacando-se a atividade açucareira. O trabalho era árduo e sem descanso por longas jornadas de trabalho em troca de alimento. Os negros trouxeram grande parte da cultura como a dança, a música, o canto, a culinária e as religiões afro-brasileiras. A escravatura no