Segundo Laraia, as manifestações culturais começaram a ocorrer no momento em que o homem passou a raciocinar e ir além dos primatas. Alguns autores como Richard Leackey e Roger Lewin tentaram explicar o processo de evolução do cérebro humano, e logo a origem das manifestações culturais. Laraia segue afirmando que o início do desenvolvimento do cérebro humano aconteceu devido a privações que ocorreram e estas privações originaram adaptações que o ser humano teve que adquirir para sua sobrevivência, entre estas adaptações está à capacidade de raciocínio. David Pilbean achava provável que a capacidade do bipedismo devia-se ao processo seletivo que o habitat impunha aos animais, raciocínio semelhante ao proposto por Charles Darwin, e afirmava que somente os primatas tinham a capacidade de se colocar em duas patas, ao menos uma vez na vida. Para Kenneth P. Oakley, o ser humano adquiriu a capacidade de se posicionar de forma ereta, devido à necessidade de estirar os braços para apanhar o que desejava obter, com isso o cérebro humano se exercitou e se desenvolveu. Para Laraia há controvérsias no que diz respeito à origem das manifestações culturais. Ele cita o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, quem acreditava que o inicio da representação cultural se deu no momento em que o homem, como ele mesmo definiu, “convencionou a primeira regra”, para Claude essa regra foi baseada em valores de grupo. Já de acordo com Leslie Withe, norte-americano e também antropólogo, a evolução do cérebro humano, ou seja, a capacidade de raciocinar e se diferenciar dos primatas produzindo cultura, aconteceu no momento em que “o cérebro do homem foi capaz de gerar símbolos” e afirma também que, para que seja reconhecido um símbolo, deve-se conhecer ao mesmo tempo a cultura na qual ele está inserido. Laraia segue pensando como foram quase unânimes as opiniões de intelectuais, discordando das opiniões anteriores acerca da origem da manifestação cultural, ele lembra