Pedagogia e pedagogos: verso e reverso
José Oliveira Santana[1]
RESUMO:
Este artigo faz uma retrospectiva história do trabalho e da importância do pedagago, bem como da sua formação, tendo como objetivo principal conscientizar o profissional da educação acerca da sua formação e do seu papel enquanto agente de transformação da sociedade. Explicita ainda os meios e as condições que devem ser seguidos pelo educador, para a busca de alternativas e também para a solução de problemas. O eixo norteador desse trabalho consiste em análise de conceitos impostos por autores renomados, entre eles, Roger Chartier, Tomáz Tadeu da Silva, Pierre Bourdieu, Jean Claud Passeron e tantos outros.
PALAVRAS-CHAVE: Pedagogo, Aluno, Cultura, Homem, Sociedade.
Segundo Hypolito[2] (1997), a partir do momento em que o trabalho docente passou a ser uma atividade descolada pela igreja e exercida por leigos, passou a haver muitas preocupações, principalmente por causa da necessidade de se dar um caráter profissional a esta atividade. Assim, existia uma oposição entre a igreja e a expansão do liberalismo. Essa preocupação se efetiva com a expansão do ensino básico. Com isso, a concepção de magistério está atrelada ao sacerdócio. Sendo então, construída pelos ideais políticos e religiosos conservadores e autoritários.
(...) A concepção do magistério como vocação foi reafirmada mais incisivamente por motivos políticos, a partir de 1848, quando se articulou, na Europa, especialmente na Alemanha, uma reação contra o avanço do ideário liberal. As forças conservadoras, identificando a Revolução Francesa e o liberalismo como origem e causa de todos os males, formaram uma frente político religiosa, o movimento de restauração, e lutavam pela a volta aos “bons tempos” da Idade Média com uma sociedade “harmônica e justa” (...)
Brandão (1981) citado em Libâneo (2000) afirma em sua obra “O QUE É EDUCAÇÃO”[3] que:
Ninguém escapa