Pedagogia Hospitalar
Há poucos dados qualitativos ou quantitativos na literatura relacionados a reações, sensações, impressões e/ou efeitos da leitura mediada junto à pacientes pediátricos hospitalizados. Os achados do presente estudo, no entanto, trazem uma contribuição neste sentido. Mostram benefícios da leitura mediada em sua ação sobre o bem-estar de pequenos pacientes hospitalizados e familiares acompanhantes. Esta estratégia de humanização, para a saúde infanto-juvenil, aliviou tensões e ansiedades e propiciou momentos de entretenimento, favoráveis à evolução clínica satisfatória. Em alguns casos pareceu ter conseguido transformar a família em coparticipante do processo de cura da criança enferma e não apenas em um mero espectador. Adicionalmente, favoreceu o hábito e/ou o desenvolvimento do processo de construção da leitura.
As bases para a biblioterapia infantil foram extensamente abordadas nos artigos de Pardini e Caldin. Neste último, uma avaliação qualitativa situa esta estratégia de humanização como adequada para contribuir com determinados objetivos terapêuticos em pacientes hospitalizados. Entre estes, o alívio da dor e o resgate do sonho e do imaginário, pois a leitura fornece suporte emocional às crianças, através do mundo encantado da literatura.
No entanto, os principais resultados do estudo desenvolvido foram:
- Melhor aceitabilidade de procedimentos dolorosos;
- Alívio da dor;
- Esquecimento da doença;
- Sentimentos de alegria, relaxamento e confiança;
- Melhora da auto-estima;
- Melhora da doença;
- Viagem ao mundo da fantasia;
- Construção do processo de leitura/hábito à leitura.
A origem da biblioterapia é antiga. Ressaltar seu desenvolvimento e situação atual é relevante, pois reforça os resultados do presente estudo. Ramsés II, faraó egípcio, mandou colocar no frontispício de sua