PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Paulo Freire condena aqueles que "querem a reforma agrária não para libertar-se, mas para passar a ter terra e, com esta, tornar-se proprietários ou, mais precisamente, patrões de novos empregados." (pág. 34) Ele considera que a relação entre empregador e empregado é sempre conflitiva, que o lucro do empregador se deve à "exploração" do empregado. Mas a verdade é que se os beneficiados pela reforma agrária não tiverem espírito empreendedor, capitalista, não progredirão, serão sempre dependentes do governo, o que é a intenção dos políticos demagogos.
Paulo Freire tenta explicar tudo em termos de "opressor" e "oprimido": "Ao fazer-se opressora, a realidade implica na existência dos que oprimem e dos que são oprimidos."(pág.39) Mas Paulo Freire não diz quem são os opressores e quem são os oprimidos, não se preocupa em provar que existem opressores e oprimidos. Todas as pessoas se enquadram no esquema? Você, caro leitor, é opressor ou oprimido? Eu não me considero opressor nem oprimido. Se Freire estudasse sociólogos como Raymond Aron, teria mais cuidado ao teorizar sobre a realidade social. A noção de "classe" é confusa, não pode ser definida adequadamente, porque simplesmente não