Pedagogia do Oprimido Resenha
889 palavras
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No primeiro capítulo de sua obra, Paulo Freire justifica a Pedagogia do Oprimido. Apresenta quem são os oprimidos e os opressores, explica o que é humanização e desumanização e diz ainda que só os opressores, lutando contra os oprimidos, podem restaurar a humanização perdida por eles. Segundo o autor, a libertação do oprimido não chegará por acaso, mas pela busca de cada um deles. Essa busca muitas vezes não acontece, pois eles tendem a se tornar opressores ou sub opressores por adquirirem o desejo de vingança que nasce através da relação com o opressor. Isso gera uma vontade, para não dizer sonho, de presenciar o opressor passando por tudo que ele - o oprimido - enfrentou. Assim, ao invés de ter a liberdade, esse se torna mais um opressor. O opressor não deseja que o seu oprimido tenha um pensamento crítico, não o interessa. A partir desse pensamento o indivíduo oprimido começa a elaborar questionamentos quanto ao modo que está vivendo, se é correto ou não o que estão impondo para ele e assim, a liberdade começa a ser algo alcançável e não impossível. Percebe-se que o autor não visa atingir somente os oprimidos com essa pedagogia e sim todas as pessoas. Mudar a mentalidade de um povo em relação a essa realidade seria mais vantajoso que se alcançasse somente os opressores, por exemplo. Isso porque quem está a frente da sociedade é o povo, quem tem o poder da transformação é o povo. No segundo capítulo, Freire aborda a concepção bancária da educação como instrumento da opressão, a contradição problematizadora e libertadora da educação, a concepção bancária e a contradição educador-educando, o homem como um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão, e seu permanente movimento de busca do Ser Mais e afirma que ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Para o autor o educador é o sujeito e desta forma, conduz o educando a fixar em si uma ideia sem questionamento algum. Ou seja, impede que o