Pedagogia da autonomia
Livro: Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários À Prática Educativa
Autor: Paulo Freire
ED: Paz e Terra, São Paulo, 1996, 40ª edição.
CAPÍTULO I: Não há docência sem discência
No primeiro capítulo, Paulo Freire escreve com a finalidade de fazer com que os educadores reflitam sobre a sua prática de ensinar. Essa reflexão, segundo Freire, deve acontecer desde o início da formação e no decorrer de toda a prática da docência.
Sendo assim, para ensinar, existem algumas exigências, como mostra o autor: 1. Exige rigorosidade metódica; 2. Exige pesquisa; 3. Exige respeito aos saberes dos educandos; 4. Exige criticidade; 5. Exige estética e ética; 6. Exige a corporeificação das palavras pelo exemplo; 7. Exige risco, aceitação do novo e rejeição de qualquer forma de discriminação; 8. Exige reflexão crítica sobre a prática; 9. Exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural.
Freire defende que não saber a respeito de um assunto e assumir o não saber, não é um ato vergonhoso, mas sim uma atitude virtuosa. Desde que tenha o compromisso de buscar esclarecer as dúvidas.
O autor aponta ainda, a importância de o educador estar sem nenhuma roupa que aponte preconceito, considerando a cultura e a identidade de cada aluno. Enfatiza também a necessidade do professor usar palavras puras, com o intuito de favorecer a concepção de vivenciar um ambiente social.
CAPÍTULO II: Ensinar não transferir conhecimento Neste capítulo, Freire destaca outras exigências importantes para o ato de ensinar. São elas: 1. Exige consciência do inacabamento; 2. Exige o reconhecimento de ser condicionado; 3. Exige respeito à autonomia do ser educando; 4. Exige bom senso; 5. Exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores; 6. Exige apreensão da realidade; 7. Exige alegria e esperança; 8. Exige a convicção de que a mudança é possível; 9. Exige curiosidade.