Pedagogia da autonomia
A família faz parte, ou pelo menos deveria fazer de todo o processo de desenvolvimento da criança, oportunizando intercâmbios mediatizados. A família deve, por exemplo, fornecer para que a criança se vincule ao encanto, mas também às responsabilidades, pois a competência que a criança tem de tolerância à frustração, estabelece um fator categórico do pensar. A criança ao desenvolver certo nível de tolerância, auxiliada pela família, estará apta, futuramente, a tolerar e enfrentar o medo, à confusão, ao desequilíbrio e ao conflito.
A família pode fazer a diferença no processo de ensino-aprendizagem, começando antes na vida escolar da criança, e mudar o conceito de que a educação é responsabilidade apenas da escola.
Compreende-se que muito tem sido transferido da família para a escola, funções que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa, entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a família perde a função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de aprendizado, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva. A escola poderá desempenhar o papel de parceira na formação de um indivíduo autônomo, seguro e ético.
Cabe a família a função de transmitir os valores morais e a ideologia de vida, e ser firme quanto a isso. A família deve acompanhar o desenvolvimento dos filhos quanto a lição de casa, jamais deve fazê-la no lugar dos filhos, mas ser mediadora e promover a autonomia.
É necessário que os pais solicitem uma rotina de estudos e limites, propiciando um ambiente caloroso e acolhedor, sendo rigorosos com relapsos e irresponsabilidades. Valores como generosidade e honestidade devem ser ensinados pelos pais em casa e devem ser continuados na escola. Em relação às obrigações escolares, o “dever de casa”, deve-se iniciar na sala de aula e deve sim ser acompanhado pelos pais, mas seu processo que começou na sala de aula deve ser terminado em sala de aula.
Os pais