Pedagogia da Autonomia- Paulo Freire

Em seu livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire retoma algumas de suas principais idéias sobre a educação. Dentre os temas tratados no livro destaca-se a importância que Freire atribui à reflexão sobre a prática pedagógica desde a formação docente se estendendo à relação professor e educando na busca do desenvolvimento da autonomia do estudante. Este é um livro voltado para a formação de professores progressistas que respeitem o conhecimento prévio de seus alunos e procuram desenvolvê-lo cada vez mais. De acordo com o autor, dessa forma o professor estará agindo de forma ética em sua relação consigo mesmo e com seus alunos. Freire nomeia essa ética de ética universal do ser humano e a considera como saber essencial para a prática docente.
O livro se encontra dividido em três capítulos e no primeiro capítulo “Não há docência sem discência” o autor nos fala da importância da prática educativa progressista, voltada para a construção do conhecimento e a busca da autonomia e, para tanto, o professor não deve exercer apenas o papel de transmissor de conhecimentos, mas aquele que ensina e aprende ao ensinar, como Freire esclarece em suas palavras: “é neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro.” (FREIRE, 1996). O autor explica que o educador necessita refletir continuamente sobre sua prática docente e buscar o aprofundamento científico e empírico de sua prática, buscando assim aprimorar suas metodologias e refinar seu pensamento crítico, e lançando mão de novas concepções ideológicas irá, juntamente com seus educandos, construir e buscar novos conhecimentos de forma mais apurada, significativa e livre de preconceitos.
Nos demais capítulos que seguem, a saber, capítulo dois “Ensinar não é