PEDAGOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
(EGLÊ PONTES FRANCHI)
7ªed. Editora Cortez pag. 195á 255
No capitulo “Trabalhando com textos: leitura, construção e reconstrução”, Eglê Pontes Franchi professora e pesquisadora, conhecida por sua experiência com a alfabetização de crianças e também com a formação de professores procura descrever os mecanismos da relação pedagógica desenvolvida entre alfabetizador e alfabetizandos e refletir sobre eles, a fim de explicá-los e sistematizá-los. A autora acrescenta que tomando sua obra como prática social e interativa trata-se de um trabalho pedagógico e metodológico, contudo, não pretende criar uma nova forma de estudar a alfabetização.
Franchi fala da dificuldade que os alunos tinham de reconhecer as palavras nos textos das cartilhas usadas para alfabetização, pois eram textos vazios que não tinham nada a ver com suas realidades, com seu mundo social, eram apenas construídos com o objetivo de desenvolver as habilidades de decodificação e moldados exclusivamente com propósitos de exercitá-los na fixação de letras.
Eglê Pontes Franchi da ênfase a fala da autora Sara Zimet, que diz que desde logo cedo é preciso deslocar a importância de uma “leitura para aprender a ler” para a “Leitura com significado quando se aprende a ler”, Franchi também ressalta que a Fantasia e a realidade da vida das crianças são plenas e ricas, comparadas com as cenas e as palavras pálidas dos textos”. A autora diz que enfrentara um desafio de conciliar as exigências aparentemente conflitivas e atender as necessidades de um desenvolvimento gradual da escrita sem torná-la entediante e limitada, mas desafiadora, criativa e significativa. Ela fala que a explicação está na reconstrução ativa dos textos pelas próprias crianças, substituindo, ampliando e recompondo as historias, numa perspectiva social, aberta e usando-as para uma reflexão com elas mesmas, em expressão pessoal partindo sempre de seus interesses e realidades.
Franchi destaca