A pedagogia do oprimido & a tecnologia digital como instrumento de alfabetização e letramento
Robervânia Soares da S. Oliveira[1]
Wagner Rodrigues Silva[2]
Durante muito tempo, a alfabetização em nossas escolas era vista somente como codificação e decodificação do alfabeto, de palavras e de textos com frases soltas, como: “A galinhas teve pintinhos, os pintinhos são bonitinhos, a galinhas e os pintinhos saíram para passear, a raposa viu a galinha e os pintinhos, a raposa devorou a galinha e os pintinhos, a galinha é malvada” (Autoria minha). No entanto, essa visão de alfabetização começou a mudar quando estudiosos e pedagogos como Paulo Freire mostraram que o processo de alfabetização vai muito além da simples codificação e decodificação de palavras e frases soltas. Em razão disso, este ensaio tem por objetivo compreender “A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire”, levando em conta assuntos relacionados à tecnologia digital como instrumento de alfabetização e letramento. Freire, ao escrever o seu livro, manifesta a sua indignação em relação à situação vivenciada por uma classe de pessoas subjugadas à dominação e aos desejos de uma classe dominante, manifestada pelo autor, através do opressor/oprimido. Como proposta de superação dessa realidade, o autor defende a aplicação de uma política pedagógica que favoreça o acesso ao conhecimento a todos. Pois sabemos que o acesso ao conhecimento pode ajudar o educando em seu processo de ensino aprendizagem. Por falamos em conhecimento, temos observado ultimamente, o avanço da tecnologia digital em benefício à alfabetização e letramento, tanto de crianças, jovens e adultos. Por isso, que
a presença de artefatos tecnológicos e linguagens próximas do universo de interesses do aluno proporcionam o acesso a uma gama diversa de manifestações de idéias, permitem a expressão do pensamento imagético e criam melhores condições para a aprendizagem e o desenvolvimento do ser