Pedagogia Contra Hegemônicas
A década de 1980 foi marcada por lutas no âmbito político-econômico-social, como o processo de abertura democrática; a ascensão às prefeituras e aos governos de candidatos pertencentes a partidos de oposição ao governo militar; a campanha reivindicando eleições diretas para presidente da República; a transição para um governo civil em nível federal. No âmbito educacional, muitas discussões surgiram para saber qual era o papel da educação no processo de redemocratização do país, como repensar o ensino com as questões da problemática que assolava a sociedade, a urgência da democratização da educação e da escola pública, bem como a necessidade da igualdade de oportunidades e qualidade de ensino. As discussões empreendidas visavam, desse modo, a um projeto educacional emancipa tório, devido a esse conjunto de ações, a década de 1980 foi um período que privilegiou “a emersão de propostas pedagógicas contra-hegemônicas”. Fica explicito em tese que as pedagogias contra-hegemônicas tiveram suas origens em diversos movimentos de esquerda, sendo que, ser de esquerda nesse período era ser considerado adepto às concepções de Paulo Freire, que realizou grandes feitos na educação popular, bem como ser oriundo dos movimentos de ação católica. Como, por exemplo, o movimento Juventude Universitária Católica – JUC. Mas estas não foram as únicas concepções de viés contra-hegemônico emergidas na década de 1980. As concepções de Paulo Freire também efervesciam as discussões educacionais. Podemos perceber que as pedagogias contra-hegemônicas não fizeram o movimento em consenso e diversas tendências se ergueram nesse momento. Na época foram