PCNS
EXPRESSÕES DA LITERATURA AFRICANA.
Análise Comparativa:
“A terceira margem do rio” de Guimaraes Rosa e “Nas águas do tempo” de Mia Couto.
Primeiramente vamos apresentar nossos autores:
João Guimarães Rosa, mineiro, formou-se em medicina mas não exerceu por muito tempo não gostava de ver o sofrimento das pessoas devido à falta de recursos em seu posto, tornou-se diplomata era embaixador do Brasil em Bogotá, mas escrever era a sua paixão membra da academia de letras foi aclamado pela criticada com o romance “Grande sertão de Veredas” nesta face Rosa representa a terceira fase da geração pós- modernista, é importante ressaltar que sempre se destacou-se desta escola por sua habilidade de escrever, por isso também é conhecido como “o feiticeiro das palavras , caboclo universal”.
Antônio Emilio Leite Couto, moçambicano, 58 anos, ex-professor de biologia, atualmente é o autor, de seu país, mais traduzido em línguas estrangeiras como exemplo em Portugal onde lá é o autor estrangeiro mais vendido. “Couto desenvolve a língua literária que sendo urbana e cosmopolita, retoma as práticas orais com origem no enraizamento da ruralidade”. (LARANJEIRAS, 2001, P.202).
O conto de Mia Couto “Nas aguas do tempo” possui uma relação de intertextualidade com a “Terceira margem do rio” de Guimaraes Rosa, a partir do título já podemos observar as semelhanças, ambas envolvem a água como passagem, pode ser o tempo ou um outro mundo, algo místico, o que está além da aparência.
“- Sempre em favor da água, nunca esqueça!
Era sua advertência. Tirar agua no sentido contrário ao da corrente pode trazer desgraça. Não se pode contrariar os espíritos que fluem.”
(Couto, trecho, Nas águas do tempo).
“Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer toda a gente.