Paulo Freire E A Educa O Libertadora
Paulo Freire e a Educação Libertadora
No dia 19 de setembro de 1921, nasceu, em Recife, Pernambuco, Paulo Reglus Neves Freire. Nordestino, filho de uma das regiões mais pobres do País, experimentou, desde muito cedo, a dura realidade latino-americana de opressão.
De origem humilde, Paulo Freire tornou-se órfão ainda no início de sua adolescência. A paixão pelo ensino, a qual reconhecia desde sua juventude, passou a conduzir seus caminhos de forma que, em 1959, defendeu sua tese para a cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes em Pernambuco, a qual, posteriormente, daria origem ao seu livro e anunciava sua filosofia educacional.
Paulo Freire trabalhou 17 anos no setor de Educação do Serviço Social da Indústria (Sesi) e pôde conhecer mais de perto a realidade e as necessidades do adulto trabalhador e analfabeto, experiência que serviu de base para suas ideias pedagógicas ousadas e inovadoras colocadas a serviço do povo – portanto, revolucionárias.
No início da década de 1960, ele participou da criação do Movimento de Cultura Popular em Recife, surgido em um contexto mais amplo de movimentos sociais populares e lutas democráticas por transformações sociais e políticas (FREIRE, 1980).
Segundo Brandão (2005, p. 44): Diversas frentes de lutas buscavam criar novas alternativas para as causas populares. Elas estiveram, inicialmente, centradas em movimentos de trabalhadores rurais e urbanos, como as ligas camponesas e os sindicatos. Anos mais tarde, distribuíram-se também entre outros vários movimentos sociais, como os dos povos indígenas, dos negros, das lutas pelos direitos das mulheres e das outras várias minorias esquecidas e maioria silenciadas.
Nas experiências em Educação Popular, a pedagogia de Paulo Freire apresentava-se como uma Educação Libertadora que, mais do que um método de alfabetização, constituía-se como uma epistemologia da educação, uma teoria do conhecimento. Postula, então, a possibilidade de as