Pedagogia do opressor
“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.” Paulo Freire
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” Paulo Freire
Paulo Freire faz uma crítica à Educação Bancária, na visão freiriana, esse modelo de educação parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor é detentor do saber. Criando-se então uma relação vertical entre o educador e o educando. O Educador, sendo o que possui todo o saber, é o sujeito da aprendizagem, aquele que deposita o conhecimento. O educando, então, é o objeto que recebe o conhecimento. A educação vista por essa ótica tem como meta, intencional ou não, a formação de indivíduos acomodados, não questionadores e submetidos à estrutura do poder vigente. Homogeneizar a forma de pensar e de agir da sociedade é uma das maneiras dos opressores controlarem e impedirem o livre pensamento. Pedro Demo afirma que: “ O sistema não teme o pobre que tem fome. Teme o pobre que sabe pensar.” A massa homogeneizada já não pensa, não age, não sonha, não transforma, não almeja ser mais.
Neste contexto, a escola e os educadores bancários servem ao objetivo dos dominadores que é impedir a formação de uma educação que seja libertadora, autônoma e emancipatória. Nesta visão de Educação Bancária os conteúdos são automaticamente desligados da situação existencial do aluno. A comunicação é unilateral. E a Metodologia Didática é a exposição oral pelo professor, teoria antidialógica, onde o opressor encontra sua possível ação, ou seja uma relação de poder unilateral. A avaliação tem como função, neste contexto, selecionar, classificar, contabilizar.
Em contrapartida Freire propõe a