Ética da educação - Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido)

ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Pedagogia do Oprimido.
Paulo Freire na obra, Pedagogia do Oprimido, demonstra comportamentos de duas classes de pessoas, os oprimidos e opressores. Os oprimidos que se sentem presos, ignorantes e sem poder em comparação aos opressores, que são livres, portadores do conhecimento e poder. No entanto, esse papel de oprimidos e opressores é inserido nesse contexto de forma que os próprios oprimidos ao saírem desse papel diminuto, tornam-se opressores. Freire, a respeito disso, diz:
“os oprimidos, em lugar de buscar a libertação, na luta e por ela, tendem a ser opressores também, ou subopressores. A estrutura de seu pensar se encontra condicionada pela contradição vivida na situação concreta, existencial, em que se “formam”. O seu ideal é, realmente, ser homens, mas, para eles, ser homens, na contradição em que sempre estiveram e cuja superação não lhes está, clara, é ser opressores. Estes são o seu testemunho de humanidade.”
É justamente essa dualidade de papeis de oprimido e opressor ao qual este trabalho se refere, já que ética, são valores morais e princípios que norteiam a conduta humana, sendo responsável pelo funcionamento da vida em sociedade, no qual esses papéis acima citados se encaixam. Freire acredita que assim que o homem perceber-se nessa dualidade de oprimido-opressor, poderá não livrar-se de ser oprimido, mas sim livrar-se a sim e aos opressores: “a luta somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscar recuperar sua humanidade, que é uma forma de criá-la, não se sentem idealisticamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos. E ai está a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos – libertar-se a si e aos opressores”.
Para libertar-se da situação de oprimidos, Freire diz que estes homens, primeiramente, devem perceber-se hospedeiros do espírito opressor em si, pois apenas estes podem elaborar sua pedagogia do oprimido, já que estes são os oprimidos,