Paulo Freire - Descobrimento da América - Resumo
No livro Pedagogia da Indignação, de Paulo Freire, no capítulo chamado Descobrimento da América o autor aborda sua indignação em relação à frase que deu nome ao capítulo, pois para ele a América não foi descoberta, mas sim conquistada. O passado não se muda, portanto, não devemos ver a colonização como um presente, pois o que aconteceu foi o uso do poder, ou melhor, o extremo uso do poder onde não houve positividades. O corpo e a alma da América dizem não a qualquer tipo de dominação, assim, deveria ser festejado tudo o que envolveu as pessoas, que segundo o autor; “tiveram seus corpos rasgados, seus sonhos despedaçados, suas vidas roubadas”. Deveríamos homenagear a coragem, a decisão de brigar, a bravura, a capacidade de lutar contra o invasor, a paixão pela liberdade de pessoas e, principalmente, a rebeldia que se faz presente ainda hoje como na luta dos “sem-terra” ou contra a discriminação racial.
A trágica experiência colonial ensina que podemos mudar o mundo não nos conformando com a vontade dos poderosos.
O autor acrescenta que o passado não passa realmente, a nossa visão crítica nos permite ver o passado no presente. O passado se apresentando com uma roupagem diferente, o que nos dá uma falsa ilusão de mudança.
A conquista atual se daria pela dominação econômica, de classes, invasão cultural. Os empréstimos, financiamentos, que promovem um endividamento coletivo, dão aos “poderosos” algo fundamental, a conivência dos dominados. Em contra partida hoje são incomodados pelos oprimidos, pela sua liberdade.
Paulo Freire termina o capítulo afirma que o futuro é dos povos não dos impérios.