Paulo freire: breve relato
Em parte, esta bandeira de transformação de Freire está ligada à sua própria história de infância em Recife, de miséria e fome. Em inúmeros momentos ele recupera essa experiência, mas sempre ressaltando um potencial revolucionário, nunca de forma vitimizadora ou paternalista. Sua pedagogia seria do oprimido, e não para o oprimido; e que sua a superação das situações de opressão só podem nascer da experiência e da ótica dos oprimidos.
Neste texto temos algumas das principais teses da obra de Freire. Primeiro ele analisa a relação educador-educando como narradoras, dissertadoras, que leva apenas a uma memorização mecânica, como se o educando fosse vasilha, onde seria depositado todo o conteúdo. Este termo deopósito, transferência refere-se ao termo difundido por Freire como “educação bancária”, de apenas existir depósitos, sem críticas ou reflexões e, principalmente, sem se atentar para o meio no qual está inserido o educando. O meio seria de extrema importância eis que o fim da educação é mesmo sua liberdade, e a respectiva transformação de sua realidade. Há ainda o pré-julgamento de que o educador neste caso estaria numa posição acima, superior, sábia; contrariando a proposição de educação horizontal de Freire. O próprio texto, neste momento, traz as dicotomias da linha de pensamento contra o qual Freire se posiciona,