Paulo freire: breve relato

658 palavras 3 páginas
Paulo Freire vai além da pedagogia e suas críticas referem-se à própria extratificação social. Para ele, vivemos em uma sociedade dividida em classes, na qual os privilégios de uns, impedem que a maioria, usufrua dos bens produzidos e, coloca como um desses bens produzidos e necessários para concretizar a vocação humana de ser mais, a educação, da qual é excluída grande parte da população do Terceiro Mundo. Daí que deduz existirem dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgiria como prática da liberdade.

Em parte, esta bandeira de transformação de Freire está ligada à sua própria história de infância em Recife, de miséria e fome. Em inúmeros momentos ele recupera essa experiência, mas sempre ressaltando um potencial revolucionário, nunca de forma vitimizadora ou paternalista. Sua pedagogia seria do oprimido, e não para o oprimido; e que sua a superação das situações de opressão só podem nascer da experiência e da ótica dos oprimidos.

Neste texto temos algumas das principais teses da obra de Freire. Primeiro ele analisa a relação educador-educando como narradoras, dissertadoras, que leva apenas a uma memorização mecânica, como se o educando fosse vasilha, onde seria depositado todo o conteúdo. Este termo deopósito, transferência refere-se ao termo difundido por Freire como “educação bancária”, de apenas existir depósitos, sem críticas ou reflexões e, principalmente, sem se atentar para o meio no qual está inserido o educando. O meio seria de extrema importância eis que o fim da educação é mesmo sua liberdade, e a respectiva transformação de sua realidade. Há ainda o pré-julgamento de que o educador neste caso estaria numa posição acima, superior, sábia; contrariando a proposição de educação horizontal de Freire. O próprio texto, neste momento, traz as dicotomias da linha de pensamento contra o qual Freire se posiciona,

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