Paulo afonso

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No século XVI, por ocasião do descobrimento do Brasil, os portugueses já se admiravam da força das águas do rio São Francisco. Um dos colonizadores, Pero de Magalhães Gandavo, em 1576, deixava registrado que esse rio era navegável por sessenta léguas e que, a partir de certo ponto, não se podia passar, devido a uma grande cachoeira cujas águas caiam de uma altura muito grande. Ao longo dos séculos, muitas tentativas para se aproveitar o potencial do chamado “Velho Chico” foram sendo imaginadas.
Cabe salientar que Paulo Afonso encontra-se situada no centro geográfico das regiões mais pobres dos Estados da Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco. E que, antes do advento da CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - a localidade já tinha servido como esconderijo do bando de Lampião, que se embrenhava na Furna dos Morcegos e no raso da Catarina, uma região com seus 6.400 km2 de difícil acesso e de condições bastante hostis.
Por volta de 1910, o legendário industrial Delmiro Gouveia conseguia aproveitar a força da cachoeira de Paulo Afonso, e construía uma usina hidrelétrica. Para tanto, encabeçou a criação de uma empresa de capital misto, juntamente com um milionário e um engenheiro norte-americanos e, como o primeiro passo, adquiriu as terras localizadas nas margens da cachoeira, do lado alagoano, incorporando-as ao domínio privado.
Em seguida, conseguiu obter vários privilégios do Governo, entre os quais o direito de explorar as terras improdutivas em Água Branca, Alagoas; a concessão para captar o potencial hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso e produzir eletricidade; e a isenção de impostos referentes à sua fábrica de linhas de costura Estrela, na localidade de Pedra, situada a 23 km da cachoeira. Entre 1910 e 1911, todos essas concessões foram transformadas em decretos-lei pelo Estado de Alagoas e, desse modo, através dos esforços de Delmiro Gouveia, era construída Angiquinho, a primeira usina hidrelétrica.
Para gerir os seus empreendimentos, o

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