Paul Ricoeur
PPGH – Mestrado em História
Disciplina: História, Cultura e Representações.
Docente: Professor Dr. Almir Diniz de Carvalho Junior
Discente: Professor Esp. Marcos Paulo Mendes Araujo
Atividade: Análise crítica do capítulo terceiro (Paul Ricoeur revoluciona a história) do livro:
DOSSE, F. A história à prova do tempo: da história em migalhas ao resgate do sentido. Tradução Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Editora UNESP, 2001.
Iremos iniciar nossa breve análise não com o tratamento direto da obra de François Dosse e sim com uma passagem presente no livro: História & História Cultural de Sandra Pesavento. Segundo a professora no capítulo IV, intitulado “Uma difusão mundial: a História Cultural”, ela registra o seguinte:
A esses nomes se acrescentariam os daqueles que, sem ser historiadores, foram interlocutores ou fornecedores base de reflexão teórica para o surgimento da História Cultural, como Michel Foucault, Paul Ricoeur ou Pierre Bourdieu. (Pesavento, 2003: 99-100)
Talvez seja a reflexão acerca do tempo histórico que é mencionada por Dosse que tenha originado a importância e o destaque dado a Ricoeur na obra de Sandra Jatahy Pesavento.
O fato é que, Paul Ricoeur ao defender a ideia de que a hermenêutica é um “caminho indispensável da compreensão histórica” (Dosse, 2001:72) acabou sendo incompreendido durante um bom tempo, sendo recuperado no momento em que o estruturalismo e o marxismo sofreram certo recrudescimento.
A recuperação de Paul Ricoeur talvez tenha ocorrido com a publicação do 1º tomo de Temps et récit. O lançamento da obra suscitou uma série de debates, onde os historiadores puderam compartilhar da companhia do próprio Ricoeur que demostrava sempre uma clara defesa das grandes narrativas, diferente por exemplo das múltiplas narrativas de Michel de Certeau, que foi um dos responsáveis diretos pela publicação da mencionada obra de Ricoeur.
Dosse enfatiza a importância dos resultados dos debates