Racismo Ambiental
FEIRA DE SANTANA, BAHIA 2014
A concepção de “racismo ambiental” alude a qualquer política, prática ou diretiva que afete e ou prejudique, de forma diferente, voluntária ou involuntariamente, a pessoas, grupos ou até mesmo comunidades por motivos de raça ou cor em função de uma área.
É também a forma pela qual desqualificamos o outro como inerentemente inferior, culpado biologicamente pela própria situação. Esta ideia se relaciona com políticas públicas e práticas industriais que tendem a favorecer as empresas impondo altos custos às pessoas. Tanto instituições governamentais, jurídicas, econômicas, políticas quanto militares hoje, reforçam o racismo ambiental e influem na utilização local da terra, na aplicação de normas ambientais no estabelecimento de instalações industriais e, de forma particular, os lugares onde moram, trabalham e têm o seu lazer. Infelizmente o racismo ambiental encontra-se muito arraigado sendo muito difícil de erradicar.
A tomada de decisões ambientais diversas vezes desfavorece a comunidade, a questão de quem paga e quem se beneficia das políticas ambientais e industriais é fundamental na análise do racismo ambiental, o racismo ambiental fortalece a estratificação das pessoas por raça, etnia, status social e poder, o lugar nas cidades principais, bairros periféricos, áreas rurais, áreas não-incorporadas ou reservas indígenas e o trabalho por exemplo, se oferece uma maior proteção aos trabalhadores dos escritórios do que aos trabalhadores agrícolas, apesar de haver leis que protejam os direitos dessas pessoas, nota-se também a aplicação desigual da legislação; quase sempre explora a saúde humana para obter benefícios; valida a exposição humana a produtos químicos nocivos, agrotóxicos e substâncias perigosas; contribui para o desenvolvimento de tecnologias
“perigosas”; explora a vulnerabilidade das comunidades que são privadas de seus direitos econômicos e políticos; financia a destruição