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TRADICIONAIS NEGRAS NO LITORAL SUL DA BAHIA
GT 15- Meio Ambiente, sociedade e desenvolvimento sustentável
Saskya Miranda Lopes1
Cândida Suely Antunes de Almeida2
Cristina Setenta Andrade3
Processo de produção do conhecimento
O presente artigo reflete uma avaliação multidisciplinar do programa extensionista Laikos: enfrentando a intolerância religiosa e promovendo a igualdade racial, comungando a experiência de assessoria e consultoria jurídica com a difusão do conhecimento sobre direitos fundamentais do referido programa, ligado ao departamento de ciências jurídicas da Universidade Estadual de Santa
Cruz, corroborados pelos mapeamentos produzidos pelo Núcleo de Estudos Afro-baianos Regionais –
Kàwé, da mesma Universidade em interlocução com o Programa Regional de Pós-graduação em
Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UESC.
Resumo
O racismo ambiental é uma espécie de injustiça ambiental configurada pela distribuição desproporcional e desigual dos riscos ambientais para populações negras. O presente artigo pretende expor as formas de racismo ambiental e os impactos negativos para a saúde das populações tradicionais negras da região litoral sul da Bahia, já que na perspectiva de injustiça ambiental, as situações de desigualdade sociossanitária estão relacionadas a precariedade da prestação de serviços à população mais vulnerável, onde a inadequada infra-estrutura urbana e falta de saneamento básico, reforçam o aparecimento de doenças. A metodologia aplicada a esta abordagem é a pesquisa documental e a observação direta das comunidades tradicionais negras, considerando os indicadores de injustiça e racismo ambiental.
Palavras-chave: Justiça ambiental, racismo, impactos à saúde.
Introdução
O conceito de justiça ambiental compreende várias dimensões: sociais, éticas, ambientais e de desenvolvimento, não podendo prescindir da aplicação do conceito de racismo ambiental ao contexto brasileiro de