Parâmetros da avaliação de desempenho em organizações públicas
Francisco Leno Alves Sales*
RESUMO
O panorama atual caracteriza-se pelas contínuas mudanças de padrões de comportamento pessoal, profissional, cultural e organizacional. Por tais razões, este artigo busca analisar uma sistemática de avaliação de desempenho, empregada atualmente na maioria das organizações públicas, de forma que possa melhor atender de maneira inovadora às necessidades conjunturais e culturais ditadas pelo desafio da qualidade e da competitividade. Para manter sua competitividade as organizações necessitam reformular seus modelos e práticas de gerenciamento de desempenho. Essa nova abordagem implica em mudar a ênfase da avaliação passiva para centrar-se na análise ou avaliação ativa do desempenho. Argumentam-se ainda que a questão da avaliação de desempenho seja muito complexa. Se, por um lado, as pessoas desejam saber a opinião das outras sobre si próprias, por outro, há rejeição, medo e insegurança. É em torno dessa dicotomia que circula a preocupação central dos processos de avaliação de desempenho nas organizações.
1. INTRODUÇÃO
Apesar de os estudos sobre o comportamento humano avançarem, e construírem sua personalidade e como modelam sua identidade, a partir do desenvolvimento de sua auto-imagem e auto-estima, ainda há muito que compreender acerca da natureza humana. Entretanto, reforçam que é possível, diante dos conhecimentos já avançados na área da psicologia, com razoável segurança, observar, interpretar e, até mesmo, prognosticar o comportamento humano individual e coletivo, especialmente no contexto organizacional.
No início do século passado, a avaliação de desempenho tinha como foco exclusivo o indivíduo e a forma de realização do trabalho. O seu conceito evoluiu e passou a referir-se, de forma mais ampla, ao ato de executar as atividades próprias a determinada função para obtenção de resultados previamente estabelecidos. Mais recentemente, as técnicas de