partidos politicos
Antes da atual organização, o Brasil passou por vários regimes políticos e, em cada um desses momentos, a configuração partidária foi diferente. No Império, a política se organizou em torno de dois partidos: o Partido Conservador, centralizador, e o Partido Liberal, provinciano. Com o advento da República Velha, o pluripartidarismo foi instituído e os partidos se regionalizaram, sendo mais influentes o Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano Mineiro. Posteriormente, na década de 1920, surgiram agremiações nacionais influenciadas por ideologias: o PCB, de ideologia marxista e a AIB, de viés fascista. No Estado Novo, porém, todos os partidos foram extintos e lançados na ilegalidade, só restabelecendo-se a ordem democrática no período populista, quando o pluripartidarismo foi reinstituído. Neste período, a polarização se deu pelos partidos de inspiração getulista (PSD e PTB) e os antigetulistas (o principal sendo a UDN).
Com a instauração do regime militar no Brasil, foi baixado o AI-2 em 27 de outubro de 1965 extinguindo todos os partidos existentes e instituindo de jure o bipartidarismo: a ARENA era o partido de situação e sustentáculo do regime, e o MDB concentrava a oposição. Segundo o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, não eram de fato partidos, mas "verdadeiros 'grupos de pressão'".
A atual configuração política brasileira surgiu, de forma geral, no início da década de 1980, após a edição da lei nº 6.767, de 20 de dezembro de 1979, que acabou com o bipartidarismo e reinstaurou o regime pluripartidário1 . A ARENA se transformou em PDS, e seus herdeiros políticos, são o PP e o DEM. Por sua vez, o MDB adicionou um "P" à sigla e é o atual Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
Atualmente, o Brasil tem trinta e dois partidos políticos legalizados no Tribunal Superior Eleitoral, das mais diversas orientações ideológicas.2