Parlamentarismo

Resumo
Para o estudo das análises das teorias de formação e consolidação dos estados modernos, primeiramente há que se destacar que a Inglaterra foi o berço dos sistemas de governos representativos. O tão peculiar “regime de origem inglesa” conhecido como parlamentarismo, de forma precisa e muito bem sistematizada, é tido pela doutrina estudiosa das teorias dos elementos gerais de formação dos estados como um dos principais modelos de governo surgidos no século XX. Tal evolução histórica em relação ao sistema de governo parlamentarista não foi derivado de nenhum movimento político ou previsto por qualquer teórico.
Seu surgimento data de meados do século XIII quando da elaboração da Magna Carta, movimento caracterizado pelo conflito de um grupo de barões e do clero contra um monarca, tal movimento pela primeira vez na história iria ser a gênese de uma instituição hoje conhecida como parlamento. Tal instituição deve crédito histórico à Simon de Montfort afinal este foi o precursor de um movimento para o qual muitos apontam como sendo o verdadeiro surgimento do parlamento propriamente dito, pois, no ano de 1265 organizou uma revolta contra o então rei da Inglaterra, Henrique III, e dessas reuniões e discussões acerca da insatisfação perante as atitudes de tal rei é que nasceria a “instituição parlamentarista”. Importante ressaltar que, mesmo depois da morte de Simon tornou-se praxe a realização dessas reuniões entre burgueses, cavaleiros e cidadãos. Trinta anos depois o rei Eduardo I oficializou essas reuniões consolidando a criação do chamado parlamento.
Sendo atingido por demais pelas influências personalistas do regime absolutista, o parlamentarismo moderno demoraria alguns séculos para poder voltar a impor suas diretrizes, o que só voltaria a acontecer no século XVIII, época esta na qual conflitantes lutas políticas, religiosas, familiares e também econômicas desencadearia no desenvolvimento do atual parlamentarismo moderno, conhecido sobretudo na Inglaterra.