Paraíso
Quando falamos "Paraíso" referimos a um local perfeito de acordo com os parâmetros humanos. Uma beleza estética com formas definidas pela inteligência e limites do homem.
Vejamos a citação de CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. no Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). Este autor descreve que paraíso é representado na maioria das vezes como um jardim, cuja vegetação luxuriante e espontânea é fruto da atividade celeste. Os animais aí vivem em liberdade: sua linguagem é compreendida pelo homem, que os domina espontaneamente. Observe a situação de Adão no paraíso terrestre: um estado de graça natural. Apenas uma coisa lhe faltava: o direito de tocar na árvore do conhecimento do bem e do mal, que fica no meio do jardim. Essa proibição levou à queda do homem.
O paraíso é também representado como tendo uma primavera e uma claridade eternas. Um dia no paraíso vale mil dias terrestres.
Música maravilhosa, anjos, eleitos, colinas, árvores, pássaros, tudo concorre para criar uma melodia universal, as delícias paradisíacas. A mais maravilhosa melodia é a Voz de Deus a acolher os Eleitos. (1)
Mas na visão messiânica, Reino dos Céus na terra é a instauração de uma condição nunca vista pelo homem, por isto a inteligência humana não consegue mensurar ou projetar no mundo material por mais que deseje arquitetar. Isto porque sendo Deus a perfeição absoluta, sua criação não tem falhas não necessita de correção.
Até hoje os paraísos que se tem conhecimento são definidos pela imaginação do homem. Por exemplo: o Jardim do Éden, onde se deu a criação do “1º homem” Adão. O nome já nos informa que é um jardim (楽園?). Não seria correto então reconhecer que Paraíso é uma dimensão humana de algo Divino? Ou seja, imperfeito ou quase perfeito? Pensando de forma critica Reino dos Céus não é algo numa dimensão superior a essa?
Quando Meishu-Sama se refere a Paraíso ele fala em 地上天国 (Tijo