constantino
Nos fins do século terceiro teve início a última e a mais terrível das perseguições contra os cristãos. Reinava nessa época Diocleciano, que havia organizado o império numa tetrarquia. Dois imperadores compartilhavam o título de “Augusto”: Diocleciano no oriente, e Maximiano no ocidente. Sob cada um deles havia outro imperador com o título de “César”: Galério sob Domiciano, e Constâncio Cloro sob Maximiano. Devido a grande habilidade administrativa e política de Diocleciano, esta divisão de autoridade perdurou enquanto ele reteve o poder em suas mãos. Seu propósito era assegurar uma sucessão pacífica ao trono, pois cada César deveria suceder ao seu Augusto, e os imperadores restantes nomeariam um novo César.
Diocleciano (284-305 d.C.)
Dos quatro imperadores, Galério foi o que inicialmente demonstrou ter uma profunda inimizade contra os cristãos. Os conflitos parecem ter começado no exército, pois a atitude dos cristãos em relação ao serviço militar não era uniforme. Eles se opunham ao serviço militar não apenas em nome do pacifismo, mas principalmente pelo fato de que algumas cerimônias militares eram de caráter religioso. Por volta de 295 d.C. vários cristãos foram mortos, uns por não querer se alistar e outros porque tentaram abandonar o exército. Para Galério a atitude dos cristãos em relação ao serviço militar era perigosa, pois temia que eles se recusassem a aceitar ordens em algum momento. Com esse pressuposto Galério conseguiu convencer Diocleciano a expulsar os cristãos das legiões. O edito de Diocleciano não mencionava nenhuma tortura ou pena de morte, apenas a expulsão, no entanto, muitos soldados cristãos que estavam sob as ordens de Galério foram executados. A princípio a perseguição se limitou a isso, mas logo Galério incitou Diocleciano a uma nova ação. O novo edito saiu por volta do ano 303 d.C. e dizia que todos os edifícios e