Constantino e o cristianismo/ Arianismo
Constantino, o Grande (272-337), entrou para a história romana como o primeiro imperador romano a converter-se ao Cristianismo, porém, desde antes da sua conversão o mesmo já apresentava vários sinais de “simpatia” para com a seita, talvez o mais repercutido destes, seria a ordem de que seus soldados pintassem um símbolo cristão em seus escudos, o lábaro, a partir de um sonho, ou visão dependendo da fonte, em que uma cruz aparecia e nela estava contida a frase, In hoc signo vinces (sob este signo vencerás), quando se encontrava prestes a embater as forças de Maxêncio.
Contudo sua posição junto ao cristianismo ainda nos parece incerta, segundo Jacob Burckhardt, Constantino seria um político frio e amoral, e teria usado a nova fé como fundamento espiritual para a renovação do império, tese que hoje em dia encontra uma resistência nos historiadores, pois atribui a Constantino um caráter quase que profético das suas ações. Mas o que se conhece hoje, é que o imperador sempre foi um homem predisposto as religiões: primeiramente seguindo o credo no panteão romano, depois convertido a seita do Deus Sol Invictus, uma seita oriunda do Mitraísmo, e desta para uma militar monoteísta ligada ao culto a Apolo, o que pouco a pouco poderia tê-lo conduzido a nova fé. Outro fato narrado por historiadores seria o que certa vez, Constantino teria sido impedido de entrar no Templo de Júpiter pelo grande sacerdote sob a alegação de que os deuses não lhe perdoariam pelos seus crimes, referindo-se talvez a série de assassinatos e perseguições (inclusos filho, esposa, cunhado, sogro e sobrinhos) cometidas pelo imperador para deixar-se “seguro dentro de casa”, foi então que ficou sabendo do batismo cristão e da purificação dos pecados cometidos até então, talvez sendo este o motivo da sua conversão pouco antes da sua morte.
Neste período a igreja gozava de grande prestígio, e havia uma grande tendência a secularização do clero, atraídos pelos prazeres da