Teologia
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O Concílio se reuniu em Bitínia, em Nicéia, Estiveram presentes mais de trezentos bispos. encabeçada por Alexandre de Alexandria, estava empenhada em conseguir a condenação do arianismo, e o imperador, cujo interesse estava mais na unidade do império do que na unidade de Deus, estava inclinado a encontrar uma fórmula que fosse aceitável ao maior número de bispos possível. Contam que no meio das deliberações e discursos, a maioria dos presentes se escandalizou com a doutrina de Ário. No meio do concílio houve uma tentativa de elaborar um documento com fundamentos bíblicos que Cristo não passaria de uma criatura. Foi então que Costantino sugeriu que a palavra “consubstancial” fosse incluída em um documento chamado credo, para tornar bem clara a divindade de Jesus Cristo. Então o credo ficou conhecido como o credo de Nicéia destacando bem a divindade de Cristo: “... Cremos em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não-feito, de uma substancia com o Pai...”
A interpretação tradicional sobre a origem deste credo é que ele foi uma revisão de outra fórmula que Eusébio da Cesaréia lera muito antes da assembléia. Há, contudo, muitas objeções sérias a este entendimento dos eventos. O que provavelmente parece ter acontecido de fato é que um credo previamente existente da região da Síria e Palestina foi alterado a fim de incluir frases tipicamente anti-arianas.1
De qualquer forma, a importância do credo adotado por Nicéia se encontra nas cláusulas “ isto é, da substância do Pai,” e “Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não-feito, de uma substância com o Pai (homoousios)”. Deve ser ressaltado também que a frase “para nossa salvação” exerce um papel fundamental no próprio credo. A seção anterior à frase enfatizou a divindade eterna do Filho. A seção que se segue fala de Sua encarnação, sofrimento e exaltação. Assim, a fórmula