Cristianismo Primitivo
Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I A.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e o estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.
O cristianismo primitivo pode ser dividido em duas fases distintas: o período apostólico, quando os primeiros apóstolos estavam vivos e propagaram a fé cristã: e o período pós-apostólico, quando foi desenvolvida uma das primeiras estruturas episcopais e houve uma intensa perseguição aos cristãos. Essa perseguição terminou em 313 d.C. sob o governo de Constantino I, em 325 ele promulgou o primeiro concílio de Niceia, dando início aos Concílios Ecumênicos.
Igreja Apostólica: A Igreja Apostólica era uma comunidade liderada pelos apóstolos e pelos parentes e seguidores de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, depois de sua ressurreição, Jesus ordenou na Grande Comissão que seus ensinamentos fossem espalhados por todo o mundo. Os Atos dos Apóstolos é a fonte primária de informação sobre esse período. Escrito por Lucas, o livro conta a história da igreja primitiva a partir dessa comissão em Atos 1:3-11 até a propagação da religião entre os gentios do leste do Mediterrâneo por Paulo de Tarso e outros.
O Credo Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela tradição aos doze apóstolos. Mas os estudiosos acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas