A Procura do Paraíso
Exausto, parei para descansar próximo a um riacho azul turquesa, que possuía uma água tão límpida e brilhante que era impossível dispensar um gole, notei que pouco depois de experimentar aquela água, não estava mais cansado, ao contrário, o meu corpo havia começado a responder aquela música, em alguns minutos, eu estava dançando, de olhos fechados, por dias que pareciam minutos, por horas que pareciam segundos, não me importava se alguém estava reparando em como eu dançava, como estava vestido, ou em como me comportava. Eu estava livre.
Quando abri meus olhos eu não estava no mesmo lugar, o riacho havia sumido e não tinha sinal da bicicleta. Retomei o meu caminho e reencontrei o homem que me ofereceu o veículo de 100 anos, ele estava encostado em uma árvore fumando um cigarro que expelia uma fumaça densa e com aroma agradável. Reparei que agora seus olhos estavam vermelhos, mas ele não aparentava ter chorado, na verdade, aqueles olhos pareciam nunca ter derramado uma lágrima. Com um gesto simples, me ofereceu o cigarro que aceitei de bom grado, aos poucos fui me