Paralisia infantil
A sintomatologia básica da paralisia cerebral caracteriza-se por transtornos motores que vão se estruturando com o passar do tempo, ocasionando atraso ou interrupção do desenvolvimento sensório motor, mecanismo de reação postural insuficiente, presença de reflexos em épocas que já deveriam estar inibidos, alterações no tônus muscular e inabilidade para realização de movimentos (Lepage et al., 1998). Quanto ao quadro clínico da paralisia cerebral, este é tão variável quanto são os paralíticos cerebrais, pois está relacionado a inúmeras variáveis, dentre as quais destacam-se: a sede anatômica da lesão cerebral, a porção corporal afetada e a influência da maturação neurológica.
Na paralisia cerebral do tipo atetóide, a seqüela está relacionada ao envolvimento do sistema extra piramidal, que favorece o aparecimento de movimentos involuntários, flutuação do tônus muscular e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor com a retenção dos reflexos primitivos. Na atetose, os movimentos involuntários são lentos, suaves e contorcidos que comprometem os músculos distais com dissinergia dos grupos musculares opostos (Badawi et al., 1998; Miller, 2002). A musculatura da face também estará comprometida com os movimentos involuntários, trazendo prejuízos para expressão oral e distúrbios da orofaringe (Miller, 2002). Quanto ao desenvolvimento da linguagem e cognição, a expectativa é que este paciente não apresente grandes alterações, entretanto, podem ocorrer em graus variados (Badawi et al., 1998).
Considerando que a paralisia cerebral deixa como seqüelas primárias alterações motoras com interferências na expressão da comunicação por meio da fala, a utilização de métodos de comunicação alternativa para facilitar a comunicação é fundamental. Com este intuito este estudo foi delineado, objetivando avaliar a eficácia do uso do Pecs-Adaptado e PCS na comunicação de uma menina com paralisia cerebral atetóide, considerando o currículo