Paralisia cerebral: qual a influencia do meio?
As escolas especiais trazem em seu contexto pedagógico e multidisciplinar a oferta dos mais diversos atendimentos aos seus alunos, um deles é a Educação Física. Observa-se que a clientela dessas escolas especiais tem grande capacidade e buscam esforçadamente participar das diversas atividades que lhes são propostas. Estas por sua vez influenciam diretamente no comportamento diário do aluno. Essa realidade mostra a grande e importante influencia do meio externo, junto com suas relações e estímulos, no desenvolvimento de uma criança com Paralisia Cerebral (PC). No processo de interação com o meio (pessoas e objetos) a criança cria representações mentais – através do uso de signos e instrumentos- que a torna capaz de criar conceitos sobre si mesmo e as coisas que a cercam. Dessa maneira torna-se de extrema importância todos os tipos de relação possíveis, que irão lhe influenciar no modo de agir, pensar e ver o mundo. É consenso que a pessoa com necessidades educacionais especiais se beneficia das interações sociais e da cultura na qual está inserida, sendo que essas interações, se desenvolvidas de maneira adequada, serão propulsoras de mediações e conflitos necessários ao desenvolvimento pleno do indivíduo e à construção dos processos mentais superiores (Vygotsky, 1987).
O indivíduo com Necessidades Educativas Especiais, quando estimulado, encorajado e aceito no âmbito social em que participa, certamente, consegue atingir resultados progressivos durante o processo ensino-aprendizagem. Crianças especiais não estimuladas apresentam um desenvolvimento muito mais lento do que crianças com oportunidades. O simples ato de brincar possibilita inúmeras criações mentais capazes de fazer a criança interpretar o mundo real através do imaginário. Os estímulos devem ser constantes e diversos, fazendo a criança pensar, criar e construir seus próprios conceitos. Segundo Oliveira (2001), o objetivo de Vygotsky é “trabalhar com a