Artigo
INSTITUTO DE CIENCIAS DA SAÙDE – ICS
FISIOTERAPIA EM NEUROLOGIA NA INFANCIA E NA ADOLESCENCIA
MÉTODO TERAPEUTICOS PARA GANHO DE PROPRIOCEPÇÃO, EQUILÍBRIO E MANUTENÇÃO DA POSTURA EM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL
VINICIUS MENTZ WEIRICH
Profª Ms. Alessandra Couto Cardoso Reis
Novo Hamburgo, 03 de novembro de 2014.
INTRODUÇÃO
Na paralisia cerebral há desordens do desenvolvimento, do movimento e da postura que comprometem limitando as atividades, atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no desenvolvimento cerebral de fetos e recém nascidos. As desordens motoras geradas pela paralisia cerebral geralmente são acompanhadas de alterações de sensibilidade, percepção, cognição, comunicação e comportamento, epilepsias e, secundariamente, problemas musculoesqueléticos. (Morris C. 2007; Rosenbaumet al., 2007). O desenvolvimento neuropsicomotor normal é caracterizado pelo controle da postura, que surge da necessidade de endireitamentos e manutenção da postura corporal. Esse processo necessita que o sistema nervoso central (SNC) tenha toda sua integridade, pois a maturação do individuo envolve uma forma ordenada de evolução em cada estágio. (VAL et al., 2005).
O equilíbrio corporal é um fator determinante para a qualidade das atividades de vida diária, tanto para indivíduos normais quanto para indivíduos acometidos pela PC. O controle da postura é feito por mecanismos automáticos no corpo de indivíduos saudáveis, mas para aqueles que possuem paralisia cerebral o controle e a manutenção da postura formam um grande desafio (TEIXEIRA et al. apud FERDJALLAH et al., 2002).
As diversas alterações geradas pela PC influenciam diretamente o individuo quanto a sua posição e o seu deslocamento no espaço, uma vez que o equilíbrio corporal foi comprometido. A manutenção da postura é resultado da integração de diversos fatores, tais como os sistemas visual, somatossensorial e vestibular juntamente com o sistema nervoso central