Paradoxo da formiga imortal
Imagine uma formiguinha caminhando sobre um elástico de 1 metro de comprimento a uma velocidade constante de 1 centímetro por segundo. Agora imagine que esse elástico também está sendo esticado a um ritmo de 1 quilômetro por segundo. Em sua opinião, será que a coitadinha conseguirá chegar ao final do elástico?
Embora pareça impossível que a formiga possa concluir o percurso — afinal, a velocidade de locomoção é bem menor do que a do elástico —, eventualmente ela conseguirá chegar ao final sim. Isso porque, antes de começar, a formiguinha tem 100% do elástico à sua frente para percorrer. Mas, depois de 1 segundo, apesar de o elástico ter se tornado consideravelmente mais longo, a formiga também se desloca, reduzindo uma fração da distância a ser percorrida.
Assim, embora a distância diante da formiga aumente, o pequeno pedaço de elástico que ela já percorreu também vai se esticando. Isso significa que, apesar de o comprimento do elástico aumentar em velocidade constante, a distância diante da formiga aumenta um pouco menos a cada segundo, reduzindo o total que deverá ser percorrido.
Contudo, existe um pequeno detalhe sobre este paradoxo: para funcionar, a formiga deve ser imortal, pois, para chegar ao final do elástico, ela precisará caminhar durante 2,8 x 10 43.429 segundos, ou seja, por um período de tempo superior ao tempo de vida do Universo.
Paradoxo do Valor de C
Como você sabe, os genes trazem todas as informações necessárias para a criação de um organismo, portanto seria lógico assumir que — teoricamente — organismos mais complexos também tivessem genomas mais complexos, não é mesmo? Pois, na prática, isso não ocorre necessariamente.
A ameba, por exemplo, que é um organismo unicelular, não só conta com um genoma 100 vezes maior do que o dos humanos como possui um dos maiores já observados pelos cientistas. Além disso, também é possível que espécies muito similares entre si tenham genomas radicalmente diferentes, e essas