Paradigmas e metodologias: não existe pecado do lado de baixo do equador
O texto tem como principal característica a apresentação argumentativa de uma pesquisa realizada pelos professores, analisando uma amostra de produções científicas elaboradas como dissertações de mestrado no campo da Administração, ou mais especificamente na Sociologia, Ciência Política, Administração, Educação, Economia/Demografia. O trabalho visa examinar as metodologias adotadas em cada uma dessas dissertações e se havia coerência com os paradigmas adotados, confrontado com a metodologia utilizada na pesquisa administrativa por cada um de seus dos autores.
Os pesquisadores do artigo são enfáticos em apontar uma discrepância nos dados preliminares, já que foi observado que aproximadamente um terço das dissertações analisadas fizeram uso de dois os mais paradigmas concomitantemente. Eles ainda ressaltam que ficou claro que nesses trabalhos, os autores optam pela escolha de um paradigma específico, mas o longo da dissertação também acabam por incluir outros autores de outros paradigmas.
No decorrer do texto há uma profunda análise sobre os Paradigmas nas Ciências Sociais, apontando questões fundamentais. É lembrado ainda que “a questão dos paradigmas nas ciências sociais é um dos temas mais relevantes para todos que buscam ir além dos estudos das “escolas de pensamento”, para atingir um patamar de compreensão crítica do que se está produzindo e fazendo a respeito de fenômenos sociais”.
Há ainda, uma importante observação com relação à concepção da Ciência Social através do conjunto de suposições, sendo a Ontologia, atuando no campo das suposições sobre a essência dos fenômenos sob investigação; a Epistemologia tratando as bases de conhecimento, como ele pode ser obtido e a sua confirmação; a Natureza Humana que relaciona os seres humanos e o ambiente de inserção desses sujeitos na pesquisa; e por fim, a Metodologia, que conduz a investigação com foco na obtenção de