Resenha crítica
“Paradigmas e Metodologias: Não Existe Pecado do Lado de Baixo do Equador”
Autores: Carrieri, Alexandre de P. e Luz, Talita R. da
I. INTRODUÇÃO
O trabalho em questão buscou analisar a coerência teórico-metodológica de dissertações de mestrado produzidas no campo das Ciências Humanas e Sociais. Em um primeiro momento foi tomada uma amostra da produção científica das Ciências Sociais observando se a opção metodológica dos autores estava de acordo com o tema escolhido, a problemática da pesquisa e o referencial teórico, tomando como base os autores mais citados. Em um segundo momento, foram analisadas apenas as produções científicas da Administração à luz dos paradigmas dessa Ciência, e sua coerência com a metodologia utilizada. II. OS PARADIGMAS NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Os autores Burrel & Morgan (1979) esclarecem as questões dos fenômenos sociais quando afirmam que: “... todas as teorias sociais são baseadas numa filosofia de ciência e numa teoria de sociedade.” Colocam ainda quatro tipos de suposições para a concepção da ciência social: ontológicas, epistemologia, natureza humana e metodológica.
Com o conhecimento destas suposições e com as abordagens das ciências sociais do ponto de vista da regulação ou da mudança radical, estes autores definem 4 paradigmas distintos: Paradigma funcionalista (corrente de regulação, com ponto de vista realista, positivista, determinista e nomotético), Paradigma interpretativo (corrente de regulação, com ponto de vista nominalista, anti-positivista, voluntarista e ideográfico), Paradigma humanista radical (corrente da mudança radical, com ponto de vista nominalista, anti-positivista, voluntarista e ideográfico) e o Paradigma estruturalista radical (corrente da mudança radical, com ponto de vista realista, positivista, determinista e nomotético). Neste trabalho, a referência para avaliação das dissertações foi este modelo.
Existe ainda a posição de Castells (1971) que a partir da epistemologia