Para uma recuperação do passado
Docente: Maria Celeste Fachin
Discente: Natália Measso do Bonfim
Fichamento do Livro:
CHILDE, V. Gordon. Para uma recuperação do passado. Coleção Tempo Aberto. São Paulo, 1976.
Childe prioriza em seu trabalho expor a definição de arqueologia, seu uso, e o papel do arqueólogo, além de sua importância para o estudo das sociedades.
Ele inicia seu texto definindo a arqueologia como “um estudo das mudanças do mundo material que são devidas à ação humana”, e estabelece seu objetivo como sendo o de explicar de que forma o arqueólogo trabalhará esses dados de modo a formar um registro e como interpretá-los como materializações de pensamentos.
O estudo da arqueologia não é solitário, necessitando do auxílio de outras ciências, como a botânica, zoologia, climatologia e geologia. Esses geólogos inclusive tiveram grande auxílio na formação de uma nova ciência arqueológica. Também serviu de contributo para o desenvolvimento da arqueologia, o interesse demonstrado em vários movimentos, como o Renascimento, a exploração napoleônica no Egito e o Movimento Romântico, que representam a busca pelo passado, contribuindo também para a criação de um valor sentimental, de apelo patriótico.
O arqueólogo lida com abstrações, “tipos”. Os restos só adquirem significado em conjunto com outros fragmentos da mesma espécie. Seu agente não é o indivíduo concreto, mas grupos abstratos que usufruem de uma tradição, para a qual todos contribuíram. Segundo o autor, não é a mente do indivíduo que será estudada, e sim sua sociedade e o pensamento que se perdurou através dela.
Primeiramente, o dado arqueológico precisa de classificação, e para isso foram criadas três bases distintas: a funcional, a cronológica e a corológica. A primeira estuda com que propósito o dado foi feito, para que servia, a segunda analisa seu tempo, e a terceira questiona por quem foi feito. Posteriormente, surge a noção das Três Idades: Idade da