Plano de negocios
O diretor executivo da Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito, Vicente de Paula Oliveira, afirma que, ao contrário do que se pensa, o aumento da inadimplência não é bom para o segmento. “Para nós, o que é realmente interessante é a retomada da cidadania pelo devedor, uma ‘readimplência’. Até porque a inadimplência não acontece somente por descontrole do devedor. Fatores como desemprego e problemas de saúde na família podem acontecer a qualquer momento”, afirma.
Os números apresentados por Oliveira são uma estimativa da entidade, baseada em uma comissão média de 11% cobrada pela recuperação. Esse mesmo levantamento estima que as empresas de recuperação de crédito injetaram de volta na economia cerca de R$ 140 bilhões em 2010.O setor também mostra um número que é, segundo o próprio diretor da Aserc, o mais importante de todos. As empresas de recuperação de crédito empregavam, até o final do ano passado, 350 mil pessoas em todo o País. “Deste total, dois terços atuam na parte operacional, na linha de frente. O restante é composto por gerentes e executivos”, explica Vicente de Paula Oliveira.
Ele conta ainda que o Código de Defesa do Consumidor, que entrou em vigor em 1990, foi um marco de evolução para as empresas de recuperação de crédito. “Antes, as empresas pegavam a carteira dos donos do crédito, geralmente bancos, recuperavam 100 e alegavam ter recuperado 70, além de pedir a comissão. Hoje, é tudo eletrônico, as empresas já emitem o boleto de