Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica
David Hume, René Descartes e Immanuel Kant trouxeram grandes contribuições para a filosofia moderna. Questões sobre causalidade, dúvidas e geometria e a razão deixaram seus nomes eternizados no campo da filosofia. A importância de Hume está na sua preocupação com a avaliação e a crítica do conhecimento: “preocupou-se com os processos que levam o homem a fazer afirmações sobre o mundo e a fazê-las de forma a ter plana confiança em suas afirmações, em si como produtor de conhecimento e no mundo como abjeto de conhecimento” (p. 311). Suas analises pode ser vista como tendo características de empirismo, ceticismo e positivista. “O que o leva a criticar a noção de que o conhecimento é plenamente representativo no mundo exterior, ou de que é manifestação de um a priori qualquer, e a assumir, portanto, que o conhecimento científico é fruto da experiência humana e que qualquer conhecimento não obtido pela via da experiência está à margem da ciência” (p. 312). A concepção de Hume relaciona-se com o ceticismo pela análise que faz dos processos que sustentam a confiança do homem na sua experiência do mundo e no conhecimento que daí decorre. E por último, relaciona-se com o espiritismo “por sua preocupação em discutir e criticar a fonte do conhecimento humano, que, para ele, se encontra na preocupação” (p. 312). Com isso, Hume parte do princípio que todo conhecimento que se refere ao mundo é fundado na percepção. Descartes chega a partir da dúvida para se chegar à razão, ou seja, passa a duvidar de tudo para se concluir que é um ser pensante, de que Deus existe, de que existem o seu próprio corpo e os corpos dos quais tem sensações. Mas para se chegar a essa conclusão, Descartes utilizou de um modelo de raciocínio: a matemática. “Assim, a ênfase na dúvida e no modelo matemático de raciocínio reflete-se nas regras metodológicas por ele propostas, meio pelo qual a razão chegaria a certezas claras e distintas,