Papilomavirus Humano
Introdução
O HPV é uma doença infecciosa, de transmissão freqüentemente sexual, cujo agente etiológico é um vírus DNA não cultivável do grupo papovírus. Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos diferentes de HPV e cerca de 20 deles possuem tropismo com o epitélio escamoso do trato genital inferior. Os tipos de HPV estão divididos em dois grupos, de acordo com o seu potencial de oncogenicidade.
Os de baixo risco estão relacionados a lesões benignas, tais como condiloma, e também à neoplasia intra-epitelial cervical – NIC I. Os de médio-alto risco são os números 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56 e 59, relacionados às lesões de alto grau NIC II, NIC III e câncer. Destes, os números 16 e 18 são os que estão mais associados com o câncer de colo de útero.
O período de incubação do HPV varia de três semanas a oito meses, com média de três meses, entretanto, as lesões podem permanecer anos na forma subclínica. As formas clínicas e os aspectos morfológicos dos diferentes papilomas ou condilomas causados pelos HPV são característicos e vão de verrugas vulgares, plantares dolorosas e outras, aos papilomas orais e laríngeos, condilomas acuminados, planos e invertidos.
Ciclo Fisiopatológico Virótico
O HPV penetra no epitélio a partir das células basais e parabasais. Estas, cujo núcleo contém o DNA virótico, são células “não-permissivas”, isto é, não permitem a multiplicação virótica, porém a persistência do genoma virótico estimula a multiplicação do DNA celular e induz as mudanças características, de acordo com o tipo de vírus.
A multiplicação celular impede a multiplicação virótica independente. Migrando em direção à superfície do epitélio, as células sofrem processo de maturação com queratinização; uma vez maduras estas células tornam-se “permissivas” à multiplicação do DNA virótico. Após a infestação das células basais e parabasais, dois caminhos são possíveis:
1. A célula basal sofre processo de diferenciação normal, com multiplicação