Papilomavírus Humano
O câncer de colo do útero esta associado à infecção persistente e por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), principalmente o HPV-16 e o HPV18, responsáveis por 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum e cerca de 80% das mulheres sexualmente ativa irão adquiri-la ao longo de suas vidas. O que diferencia o potencial de desenvolvimento do desse câncer em mulheres infectadas são fatores como: o numero elevado de gestações, uso de contraceptivos orais, tabagismo, pacientes tratadas com imunossupressores, infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas.A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.
ATUALIDADES
Atualmente há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil que protegem contra os subtipos 16 e 18 do HPV.
Posicionamento do Ministério da Saúde: A discussão sobre a incorporação da vacina contra HPV no Brasil, no âmbito do Ministério da Saúde, até o momento, foi feita em duas etapas, a primeira pelo Grupo de Trabalho constituído pela Portaria GM/MS No 3.124, de 7 de dezembro de 2006, sob a coordenação executiva do Instituto Nacional de Câncer, a segunda pela ANVISA que concluiu que para as três doses significaria um montante de 1,857 bilhão de reais. O orçamento para a aquisição dos 44 imunobiológicos (vacinas e soros) para o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde para o ano de 2006 foi de 750 milhões de reais. Portanto, a inclusão da vacina contra o HPV significaria um incremento de quase três vezes o orçamento do Programa Nacional de Imunizações.
Posicionamento da Organização Mundial da Saúde: No âmbito mundial, a Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização contanto que a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV representem uma