pedagogia
A escola precisa criar um ambiente e propor situações de práticas sociais de uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre seus diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita.
Alfabetização é muito mais que decodificação de letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. É função do professor usar a metodologia da Língua Portuguesa no processo da alfabetização, orientando o aluno ao uso da escrita e leitura de modo interpretativo, para que seja possível a criança não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra.
Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códigos: a língua não é um código – é um complexo sistema que representa uma identidade cultural. É preciso saber ler e escrever para interagir com essa cultura com autonomia.
A alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus diferentes usos sociais, porque consideramos imprescindível a aprendizagem simultânea dessas duas dimensões.
TEXTO: A REIVENÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO – MAGDA SOARES.
PROFESSORA ALFABETIZADORA: GABRIELA CRISTINA DOS REIS
O QUE MAGDA SOARES DIZ A RESPEITO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO?
Ela nos diz que a alfabetização, aprendizagem da técnica, domínio do código convencional da leitura e da escrita e das relações fonema/grafema, do uso dos instrumentos com os quais se escreve, não é pré-requisito para o letramento. Não é preciso primeiro aprender a técnica para depois aprender a usá-la. E isso se fez durante muito tempo na escola: “primeiro você aprende a ler e a escrever, depois você vai ler aqueles livrinhos lá”. Esse é um engano sério, porque as duas aprendizagens se fazem ao mesmo tempo, uma não é pré-requisito da outra. Mas, por outro