papel da norma culta da sociedade
Brasil, bem como entre as adotadas por falantes de normas populares. Essa discussão é feita com vistas a enfocar a maneira como se dá o trabalho com a análise linguística na
Educação Básica. Defende-se que, apesar de o ensino de gramática sempre ter recebido um destaque no âmbito escolar, os professores, e todo o aparato escolar, a exemplo das orientações presentes em gramáticas normativas e livros didáticos, não realizam um trabalho de reflexão linguística, mas, apenas de prescrição linguística. Não é comum, por exemplo, existir, na escola, a comparação entre normas e variedades do português, algo importantíssimo na relação ensino/aprendizagem de análise linguística. Na elaboração deste artigo, foram utilizadas prescrições gramaticais, textos da imprensa e amostras de fala coletadas em comunidades rurais marcadas etnicamente. Propõe-se que o ensino da norma padrão deva estar presente na escola, mas não de maneira a silenciar outros usos linguísticos presentes num país tão multifacetado como o Brasil, haja vista que a relação ensino/aprendizagem só tende a ser facilitada com esse trabalho comparativo na sala de aula, realizando-se, assim, um trabalho de reflexão linguística e não apenas de memorização de regras, nomenclaturas e prescrições liResumo: Discute-se o artificialismo da norma padrão brasileira, estabelecendo-se um contrapondo entre esta e as normas, de fato, utilizadas pelos falantes ditos cultos no
Brasil, bem como entre as adotadas por falantes de normas populares. Essa discussão é feita com vistas a enfocar a maneira como se dá o trabalho com a análise linguística na
Educação Básica. Defende-se que, apesar de o ensino de gramática sempre ter recebido um destaque no âmbito escolar, os professores, e todo o aparato escolar, a exemplo das