Marcos Bagno RESENHA

817 palavras 4 páginas
Marcos Bagno, em seus capítulos “Mídia, preconceito e revolução” e “por que norma’’? Por que culta’’? discute várias questões relacionadas aos vários equívocos que giram em torno do conceito de norma, chamando atenção para o preconceito lingüístico e social que rodeia o tema. Nesse contexto, o autor destaca as relações de preconceito que quando supervalorizam-se a chamada norma culta e desconsidera-se as variações resultantes da multiplicidade lingüística que normalmente existe, principalmente na sociedade brasileira.

Para o autor, a mídia tem um papel marcante nesses equívocos, pois busca uniformizar a linguagem, desconsiderando sotaques e outras variações regionais, além de ridicularizar aqueles que não tem acesso a chamada norma culta, utilizada pelos cidadãos mais letrados. Além disso, o autor chama a atenção para a forma como os erros são encarados, onde, quanto maior o prestígio, menos o erro do sujeito, e aqueles menos valorizados pela sociedade acabam sendo criticados por qualquer deslize que cometam, por menos que seja. Dessa forma, o que é levado em conta não é o sujeito, mas sim sua condição social.

O autor Carlos Alberto Farraco também faz uma avaliação interessante sobre a norma culta. Em seu capítulo “Por uma pedagogia da variação”, ele trata sobre a utilização das variações lingüísticas no ensino da língua, defendendo que a lingüística considera relevante a abordagem desse tema para o ensino na sala de aula. Desde que relacionando sempre às praticas socioculturais dos sujeitos envolvidos nesse processo.

Farraco ainda trata sobre as contribuições da intervenção da lingüística nas questões do ensino, destacando a maior importância direcionada a leitura e a prática de produção de textos na sala de aula. O autor, no que se refere a norma padrão, defende que esta apresenta-se ineficiente para o trabalho em sala de aula, tendo em vista a utilização desta apenas como ferramenta de correção.

Bagno dá um maior destaque às confusões causadas

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