Paisagismo do aterro do flamengo
ROBERTO BURLE MARX
Paisagismo
Desenhista, pintor, escultor, musicista, cenógrafo, figurinista, criador de projetos de jóias, tapetes, jardins. Nasceu em São Paulo, a 4 de agosto de 1909 numa ampla e confortável casa na Avenida Paulista, projetada por René Thiollier, conhecida como " Vila Fortunata", na cidade de São Paulo, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. De 1928 a 1929 estudou pintura na Alemanha, tendo sido freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, onde descobriu, em suas estufas, a flora brasileira.
O interesse pela variedade de espécies, formas e cores das plantas brasileiras é despertado muito cedo no garoto Roberto Burle Marx, quando começa a colecionar e buscar entender o cultivo, enxertia, hábitos e reprodução de cada espécie.
Mas o que parecia, a princípio, apenas curiosidade, hobby ou possibilidade de tornar o ambiente domiciliar mais agradável ou mesmo de ganhar algum dinheiro, fazendo arranjos de decoração para a casa de parentes e amigos e vendendo as primeiras mudas e flores, cultivadas em estufas e no quintal da própria residência, rapidamente se traduziria em estudo, pesquisa, criação e trabalho profissional. O cuidado com as plantas e a exuberância de cores e formas do jardim domiciliar chamam a atenção do amigo e vizinho, o já consagrado arquiteto Lúcio Costa. Este o incentiva e lhe encomenda o primeiro projeto paisagístico, em 1932, para a residência da família Schwartz, na rua Bulhões de Carvalho, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Na mesma época, Tarsila do Amaral, ao visitar as estufas repletas de plantas "esquisitas", batizou Burle Marx de "o poeta dos jardins".
Sua carreira começa a ter impulso entre 1934 – 1937, período em que aceita o convite do Governador Lima Cavalcanti, (depois que este, em visita à família Schwartz, conhece o jardim elaborado pelo artista) para o cargo de Diretor de Parques e Jardins em Recife (PE). Integra a